sábado, 23 de novembro de 2013

SOLENIDADE DE JESUS CRISTO REI DO UNIVERSO

O homem de Nazaré morto por amor!
A cruz é um desafio para toda a humanidade
O Reino de Deus inaugurado por Jesus
Deve ser implantado aqui na terra
Na justiça e vivido no amor fraterno.
O projecto de Jesus não termina no horizonte
Do nosso olhar físico. O seu alcance não tem fim…

É de uma grandeza invencível, ultrapassa o mal,
Traz a paz, vive-se na justiça e na misericórdia.
O Reino de Jesus supera o pecado, pois é reino de amor.
“Hoje estarás comigo no paraíso!”
São para mim estas palavras e elas fazem eco no meu coração
Pois a Cruz é a cátedra do profundo diálogo com o Mestre
Sem Cruz a vida fica vazia de sentido,
O nosso olhar deve voltar-se para a Cruz
Que sustem a nossa Salvação e nos dá tão grande Rei.

Senhor, que a Cruz me faça recordar 
a Tua realeza sobre o mal
Que na Tua Cruz aprenda a celebrar a minha salvação
Que a Tua mensagem e o Teu exemplo de vida me ajudem
A transformar a minha vida e as estruturas
da sociedade em que vivo.
Porque o Teu Reino não é de poder, mas sim de humildade,

Deixa-me gloriar na Tua Cruz pelos séculos sem fim….

CRISTO REI DO UNIVERSO


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Texto da catequese do Papa Francisco 
na audiência da quarta-feira
O Santo Padre nos lembra que Deus não se cansa de perdoar 
e que nós não devemos cansar-nos de pedir perdão
ROMA, 20 de Novembro de 2013
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Quarta-feira passada falei da remissão dos pecados, referida de modo particular ao Batismo. Hoje prosseguimos no tema da remissão dos pecados, mas em referência ao chamado “poder das chaves”, que é um símbolo bíblico da missão que Jesus deu aos Apóstolos.
Antes de tudo, devemos recordar que o protagonista do perdão dos pecados é o Espírito Santo. Em sua primeira aparição aos Apóstolos, no cenáculo, Jesus ressuscitado fez o gesto de assoprar sobre eles dizendo: “Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Jo 20, 22-23). Jesus, transfigurado em seu corpo, agora é homem novo, que oferece os dons pascoais frutos da sua morte e ressurreição. Quais são estes dons? A paz, a alegria, o perdão dos pecados, a missão, mas, sobretudo, doa o Espírito Santo que de tudo isto é a fonte. O sopro de Jesus, acompanhado das palavras com as quais comunica o Espírito, indica o transmitir a vida, a vida nova regenerada pelo perdão.
Mas antes de fazer o gesto de soprar e doar o Espírito Santo, Jesus mostra as suas chagas, nas mãos e no peito: estas feridas representam o preço da nossa salvação. O Espírito Santo nos traz o perdão de Deus “passando através” das chagas de Jesus. Estas chagas que Ele quis conservar; também neste momento Ele no Céu faz ver ao Pai as chagas com as quais nos redimiu. Pela força dessas chagas, os nossos pecados são perdoados: assim Jesus deu a sua vida pela nossa paz, pela nossa alegria, pelo dom da graça na nossa alma, pelo perdão dos nossos pecados. É muito belo olhar assim para Jesus!
E chegamos ao segundo elemento: Jesus dá aos Apóstolos o poder de perdoar os pecados. É um pouco difícil entender como um homem pode perdoar os pecados, mas Jesus dá este poder. A Igreja é guardiã do poder das chaves, de abrir ou fechar ao perdão. Deus perdoa cada homem em sua soberana misericórdia, mas Ele mesmo quis que quantos pertencem a Cristo e à Igreja recebam o perdão mediante os ministros da comunidade. Através do ministério apostólico, a misericórdia de Deus me alcança, as minhas culpas são perdoadas e me é dada a alegria. Deste modo, Jesus nos chama a viver a reconciliação também na dimensão eclesial, comunitária. E isto é muito bonito. A Igreja, que é santa e ao mesmo tempo necessitada de penitência, acompanha o nosso caminho de conversão por toda a vida. A Igreja não é mestre do poder das chaves, mas é serva do ministério da misericórdia e se alegra todas as vezes que pode oferecer este dom divino.
Tantas pessoas talvez não entendem a dimensão eclesial do perdão, porque domina sempre o individualismo, o subjetivismo, e também nós cristãos somos afetados por isso. Certo, Deus perdoa cada pecador arrependido, pessoalmente, mas o cristão está ligado a Cristo, e Cristo está unido à Igreja. Para nós cristãos, há um dom a mais, e há também um compromisso a mais: passar humildemente pelo ministério eclesial. Isto devemos valorizar; é um dom, uma cura, uma proteção e também é a segurança de que Deus me perdoou. Eu vou até o irmão sacerdote e digo: “Padre, fiz isto…”. E ele responde: “Mas eu te perdoo; Deus te perdoa”. Naquele momento, eu estou seguro de que Deus me perdoou! E isto é belo, isto é ter a segurança de que Deus nos perdoa sempre, não se cansa de perdoar. E não devemos nos cansar de ir e pedir perdão. Pode-se ter vergonha de dizer os pecados, mas as nossas mães e as nossas avós diziam que é melhor ficar vermelho uma vez que amarelo mil vezes. Fica-se vermelho uma vez, mas são perdoados os pecados e se segue adiante.

20/11/2013 Audiencia General Papa Francisco

terça-feira, 19 de novembro de 2013


A fidelidade a Deus não se negocia
Há uma ameaça que percorre o mundo. É a «globalização da uniformidade hegemónica» caracterizada pelo «pensamento único», através da qual, em nome de um progressismo que depois se revela imaturo, não hesita em negar as próprias tradições e identidade. O que nos deve consolar é que diante de nós está sempre o Senhor fiel à sua promessa, que nos espera, ama e protege. Nas suas mãos iremos seguros pelo caminho. Foi esta a reflexão proposta pelo Papa Francisco, na manhã de segunda-feira, 18 de Novembro, durante a missa em Santa Marta. Concelebrou o arcebispo Pietro Parolin, secretário de Estado, que hoje iniciou o seu serviço no Vaticano.
O Pontífice iniciou a sua reflexão comentando a leitura tirada do primeiro livro dos Macabeus (1, 10-15; 41-43; 54-57; 62-64) «uma das páginas mais tristes da Bíblia», comentou, na qual se fala sobre «uma boa parte do povo de Deus que prefere afastar-se do Senhor diante de uma proposta de mundanidade». Trata-se, notou o Papa, de uma atitude típica da «mundanidade espiritual que Jesus não queria para nós. A tal ponto que pediu ao Pai a fim de que nos salvasse do espírito do mundo».

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Papa Francisco convida ao discernimento: virtude cristã de 
entender onde está o Espírito do Senhor e onde está o espírito do mal
Pontífice distribuiu "Misericordina" aos fiéis e peregrinos presentes 
na Praça de São Pedro para rezar o Angelus
CIDADE DO VATICANO, 17 de Novembro de 2013 
Queridos irmãos e irmãs, bom dia,
O Evangelho deste domingo (Lc 21,5-19) consiste na primeira parte de um discurso de Jesus:aquele sobre o fim dos tempos. Jesus o pronunciou em Jerusalém, diante do templo; e a inspiração se deu precisamente das pessoas que falavam do templo e de sua beleza. Aquele templo era belo. Então Jesus disse: "Dias virão em que, tudo o que se vê agora, não ficará pedra sobre pedra" (Lc 21, 06). Naturalmente lhe perguntam: Quando isso vai acontecer? Quais serão os sinais? Mas, Jesus desvia a atenção destes aspectos secundários-Quando será? Como será? – paraas verdadeiras questões. Que são duas. A primeira: Não se deixar enganar por falsos messias e não se deixar paralisar pelo medo. A segunda: viver o tempo de espera como tempo de testemunho e de perseverança. E nós estamos neste tempo de espera, a espera da vinda do Senhor.
Este discurso de Jesus é sempre atual, sobretudo para nós que vivemos no século XXI. De fato, Ele nos diz: "Cuidado para não se deixar enganar. Muitos virão em meu nome "(v. 8). É um convite ao discernimento, virtude cristã de entender onde está o Espírito do Senhor e onde está o espírito do mal. Ainda hoje, de fato, existem falsos "salvadores", que tentam substituir Jesus: líderes deste mundo, gurus, e até feiticeiros, personagens que querem atrair para si os corações e as mentes, especialmente dos jovens. Jesus nos adverte: "Não os sigam!”
E o Senhor nos ajuda a não termos medo: diante das guerras, das revoluções, mas também das catástrofes naturais, epidemias, Jesus nos livra do fatalismo e das falsas visões apocalípticas.
O segundo aspecto nos interpela como cristãos e como Igreja: Jesus preanuncia as provações dolorosas e perseguições, pelas quais seus discípulos deveriam sofrer por sua causa. No entanto, garante: "Nem um só cabelo da vossa cabeça " (v. 18). Ele nos lembra que estamos totalmente nas mãos de Deus! As adversidades que encontramos, por causa da nossa fé e da nossa adesão ao Evangelho, são ocasiões de testemunho; não devem nos afastar do Senhor, mas nos conduzir a nos abandonar ainda mais Nele, no poder do seu Espírito e na sua graça.
Neste momento, penso eu, e todos nós pensamos. Façamos juntos: aos muitos irmãos e irmãs cristãos, que sofrem perseguição, por causa da sua fé. São tantos. Talvez muitos nos primeiros séculos. Jesus está com eles. Também nós estamos unidos a eles com as nossas orações e o nosso amor. Nós também temos admiração por sua coragem e seu testemunho. Eles são nossos irmãos e irmãs que em muitas partes do mundo sofrem por serem fiéis a Jesus Cristo. Saudamos de coração e com afeto.