sexta-feira, 1 de novembro de 2013

REZAR É ACREDITAR

Esta semana com Zaqueu e com os discípulos de Jesus foi rica em encontros: Simão e Judas; Zaqueu, claro; Jesus Cristo; o ambiente; Todos os Santos; os mortos; mas também aqueles e aquelas com quem vivemos, nossos contemporâneos, toda a humanidade. 
Estamos unidos a todos eles, através do tempo e do espaço, em grande comunhão. Com Zaqueu, humilde servo (embora funcionário rico!), podemos encontrar Cristo Ressuscitado que nos precede e nos congrega diariamente em nossa casa: «Hoje, devo ficar em tua casa». 
Na eucaristia deste domingo, entoemos estas palavras como um refrão; e deixemo-nos invadir pela presença de Cristo e pela alegria que transborda do nosso coração.

OS DEFUNTOS

No dia 2 de novembro, a Igreja Católica coloca os defuntos no coração da sua oração litúrgica; e, assim, recorda-nos que há em Cristo morto e ressuscitado uma mútua ligação e solidariedade entre os vivos e os mortos de todos os tempos. Escutemos, nesta perspetiva, o que Jesus diz a Zaqueu: ««Hoje entrou a salvação nesta casa, porque Zaqueu também é filho de Abraão. Com efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido». Em união com toda a Igreja, hoje, rezo «para Glória de Deus e Salvação do Mundo».

 TODOS OS SANTOS

Hoje, solenidade de Todos os Santos. Tomemos o exemplo de Zaqueu que aponta claramente o seu caminho de santidade ao dizer: «Senhor, vou dar aos pobres metade dos meus bens e, se causei qualquer prejuízo a alguém, restituirei quatro vezes mais». Podemos pensar que não interfere connosco: outro tempo, outros costumes, outras realidades, outro mundo... Que tolice! Tomo tempo para perceber o que representa esta forma de relacionamento e dom de si. Depois, pergunto-me qual é, ou qual pode ser, hoje, para mim, o caminho da santidade.
S. Paulo, exemplo de amor a Cristo

Papa Francisco celebrou uma Santa Missa, na manhã desta quinta-feira, na Capela São Sebastião, no interior da Basílica Vaticana, onde está sepultado o bem-aventurado João Paulo II.
Todas as quintas-feiras, um grupo de fiéis poloneses participa da celebração Eucarística, na Capela São Sebastião, onde descansam os restos mortais de seu compatriota Karol Wojtyla. Mas, hoje, a celebração foi presidida pelo Papa Francisco, que pronunciou uma homilia, partindo das leituras da Liturgia do dia.
Em sua reflexão, o Santo Padre destacou dois aspectos principais: a “segurança de São Paulo”, em relação ao amor a Cristo, e a “tristeza de Jesus” em relação a Jerusalém.
A respeito da “segurança de Paulo”, o Bispo de Roma citou as palavras do próprio Apóstolo: “Ninguém poderá me separar do amor de Cristo”, Com efeito, Paulo amava tanto o Senhor, porque o havia visto, encontrado e mudado a sua vida por ele, a ponto de declarar este seu amor inseparável a Cristo. 
Por causa deste amor, o Senhor tornou-se o centro da sua vida; nada o separou do amor a Cristo: nem as perseguições, as enfermidades, as traições, todas as vicissitudes da sua vida. O amor a Cristo era seu ponto de referência. E o Papa acrescentou:
Sem o amor de Cristo, sem viver este amor, sem reconhecê-lo, nutrir-nos deste amor, não podemos ser cristãos. O cristão é aquele que se sente atraído pelo olhar do Senhor, se sente amado e salvo pelo Senhor até o fim”.
Depois desta relação de amor de Paulo com Cristo, o Pontífice citou um segundo aspecto, extraído da Liturgia da Palavra de hoje: a “tristeza de Jesus” ao olhar Jerusalém e ao chorar por ela. Jerusalém não havia entendido o amor e a ternura de Deus. Ela não soube ser fiel a Jesus, não se deixou amar e tampouco amou o Senhor. Aliás, o rejeitou. E o Papa explicou:
Estes dois ícones de hoje: por um lado, Paulo, que permaneceu fiel ao amor de Jesus, até o fim, suportando tudo por amor. Não obstante, sentia-se pecador, mas, ao mesmo tempo amado pelo Senhor. Por outro, a cidade e o povo infiel, que não aceita o amor de Jesus ou o aceita à metade, segundo a própria conveniência”.
Por isso, o Bispo de Roma exortou os fiéis presentes na celebração Eucarística, a imitarem a figura de São Paulo, a sua coragem, que vem do amor a Jesus; a contemplarem a fidelidade do Apóstolo e a infidelidade de Jerusalém. E concluiu: que o bem-aventurado João Paulo II nos ajude a imitar o amor que o Apóstolo Paulo nutria por Jesus. (Sedoc-MT)




quarta-feira, 30 de outubro de 2013

O QUE É A ESPERANÇA?

O que é a esperança para um cristão? Não é fácil compreender o que seja realmente a esperança - disse o Santo Padre procurando responder sua própria pergunta- mas podemos, desde logo, saber aquilo que não é: Seguramente não é otimismo!
A esperança não é otimismo, não é aquela capacidade de olhar para as coisas com bom ânimo e andar para a frente. Não! Aquilo é otimismo, não é esperança. E foi assim que o Papa Francisco procurou definir o que, segundo ele, seja esperança. 
Não é fácil perceber bem o que é a esperança. Diz-se que é a mais humilde das três virtudes, porque se esconde na vida. A fé vê-se, sente-se, sabe-se o que é. A caridade faz-se e sabe-se o que é. Mas o que é a esperança? Para nos aproximarmos um pouco, podemos dizer, em primeiro lugar, que a esperança é um risco, é uma virtude arriscada, é uma virtude, como diz S. Paulo ‘de uma ardente expectativa em direção à revelação do Filho de Deus'. Não é uma ilusão.
A esperança, então, não é otimismo, mas uma "ardente expectativa" em direção à revelação do Filho de Deus: esta foi a mensagem principal do Papa Francisco. A esperança é mais do que otimismo, mais do que bom ânimo...
Vem-me à mente a pergunta: onde estamos nós ancorados, cada um de nós? Estamos ancorados precisamente na margem daquele oceano tão distante ou estamos ancorados num lago artificial que nós construímos com as nossas regras, os nossos comportamentos, os nossos horários, os nossos clericalismos, as nossas atitudes eclesiásticas e não eclesiais? Estamos ancorados ali? Tudo cômodo, tudo seguro? Aquilo não é a esperança. (JSG)

Ter esperança significa ter uma 
âncora na margem do Além
Durante a homilia, em Santa Marta, Papa Francisco adverte contra as falsas certezas do "clericalismo" e das "nossas regras"
ROMA, 29 de Outubro de 2013
Nada de clericalismo, comodismo e nem mesmo um otimismo genérico: a esperança cristã é algo maior. Durante a missa celebrada esta manhã em Santa Marta, Papa Francisco volta a mais um de seus pontos fortes. A esperança, explicou o Pontífice, é antes de tudo uma "ardente expectativa" em direção à revelação do Filho de Deus.
Na trilha de São Paulo aprendemos que a esperança "nunca desilude", mas, ao mesmo tempo, não é "fácil de entender ", acrescentou o Papa. E continuamos a cair no equivoco de que esperança é sinônimo de otimismo.
Falar de esperança não significa simplesmente "olhar para as coisas com bom ânimo, e continuar em frente" ou ter uma "atitude positiva diante das coisas". A esperança é, antes de tudo, “a mais humilde das três virtudes, porque está escondida na vida". Enquanto a fé "vemos" e "sentimos" e a caridade "se faz”, a esperança é "uma virtude arriscada", mas "não é uma ilusão".
A esperança é, sobretudo, estar “na tensão” para a "revelação do Filho de Deus" e para "a alegria que enche a nossa boca com sorrisos". Os primeiros cristãos tomaram a âncora como um símbolo de esperança, "uma âncora na margem” além da vida.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Conversas fúteis...

Nada dizia nem queria viver...

Vivemos num mundo, onde a experiência e a palavra ocupam lugares privilegiados. Quem consegue expressar sua própria realidade e a realidade que o circunda não só consegue entender o acontecido, mas também, o consegue dominar. A Bíblia nos diz que o homem, dando nome às criaturas, ficava senhor delas. Quem é capaz de dar nome às coisas ou acontecimentos possui uma segurança e um conhecimento maior do que aqueles que não o fazem.

Não é só em relação às coisas que a palavra ajuda a nos situar. A palavra é fundamental na inter-relação com os outros seres humanos. É pela palavra que nos revelamos ou nos escondemos. Mas expressar-se fielmente na verdade, não é fácil. Muitas pessoas não conseguem ultrapassar o nível mínimo de comunicação, usando pouquíssimas expressões para revelar quase nada de si. Vivem fechadas por medos e bloqueios. E assim passam a vida!

A comunicação se dá através de gestos e de palavras, que traduzem ou concretizam algo da vida. Por isso, a verdadeira comunicação deve levar ao crescimento mútuo dos interlocutores. Isto não é fácil! A separação, quase infinita, que existe entre um "EU" e um "TU" só pode ser superada pelo gesto e pela palavra.

Há gestos que ficam incompreensíveis, porque não levam nenhuma palavra e outros gritam mais do que muitas palavras! Há palavras vazias, perdidas, caladas, quando não vão acompanhadas do gesto. A palavra viva e significativa é aquela que me revela e se traduz em gesto concreto.

Outras pessoas ficam apenas nos gestos e não dizem palavras... Gestos sem palavras e palavras sem gestos é vida fútil, pela metade

É preciso correr o risco de se revelar e partilhar, com simplicidade e confiança, o mais fundo da existência. Quando isto acontece, a palavra converte-se em conteúdo e em gesto significativo e comprometido. Quantas vezes as palavras se fazem pequenas, para dizer aquilo que se quer expressar! Ou mentiras para ocultar aquilo que não se quer dizer! Não é fácil viver em total transparência. 

Conheço pessoas que, apesar dos anos percorridos não têm nada a dizer. Podem até proferir muitas palavras, mas não expressam nada do fundo da vida. É como se não tivessem história para contar! É como se tivessem perdido o fio condutor, o amor de viver e partilhar. 

A história pessoal tem sentido se foi vivida com amor. 

E você se revela nas palavras que diz? 

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Jesus continua a rezar por nós mostrando ao Pai as suas chagas – o Papa na missa desta segunda-feira

Jesus continua a rezar por nós mostrando ao Pai as suas chagas – o Papa na missa desta segunda-feira

Um dia especial

Um dia especial
  1. O mesmo garotinho refugia-se num abraço naquele que ele achava que poderia defendê-lo do segurança que, atraindo-o com um doce, ainda tentou tirá-lo dali quando o Papa Francisco iniciou o seu discurso. À direita da imagem, Dom Georg Gäsnwein, Prefeito da Casa Pontifícia e, portanto, supervisor destas ocasiões papais, indica aos seguranças que podem despreocupar-se e deixar tudo como está.


  1. Aquele mesmo garoto, que inocentemente roubou por instantes a atenção do Papa Francisco durante os relatos de pessoas no primeiro dos 2 Dias das Famílias, tomou ele mesmo entre as mãos a cruz peitoral do Pontífice e a beijou.


Oração do Papa Francisco à Sagrada Família
"Jesus, Maria e José a vós com confiança rezamos, 
a vós com alegria nos confiamos"
ROMA, 27 de Outubro de 2013
Jesus, Maria e Joséa vós, Sagrada Família de Nazaré,
hoje, dirigimos o olhar
com admiração e confiança;
em vós contemplamos
a beleza da comunhão no amor verdadeiro;
a vós confiamos todas as nossas famílias;
para que se renovem nessas maravilhas da graça.
Sagrada Família de Nazaré,
escola atraente do santo Evangelho:
ensina-nos a imitar as tuas virtudes
com uma sábia disciplina espiritual,
doa-nos o olhar claro que sabe reconhecer
a obra da providência nas realidades
 cotidianas da vida.

Sagrada Família de Nazaré,
guardiã fiel do mistério da salvação:
faz renascer em nós a estima pelo silêncio,
torna as nossas famílias cenáculo de oração
e transforma-as em pequenas Igrejas domésticas,
renova o desejo de santidade,
sustenta o nobre cansaço do trabalho, da educação,
da escuta, da recíproca compreensão e do perdão.
Sagrada Família de Nazaré,
desperta na nossa sociedade a consciência
do caráter sagrado e inviolável da família,
bem inestimável e insubstituível.
Cada família seja morada acolhedora de bondade e de paz
para as crianças e para os idosos,
para quem está doente e sozinho,
para quem é pobre e necessitado.
Jesus, Maria e José
a vós com confiança rezamos, a vós com alegria nos confiamos.

domingo, 27 de outubro de 2013

Missa conclusiva da Jornada Mundial da Família. Homilia completa do Papa
A família que reza, a família que conserva a fé e a família que vive a alegria.

ROMA, 27 de Outubro de 2013
As leituras deste domingo nos convidam a meditar sobre algumas características fundamentais da família cristã.
1. A primeira: a família que reza. O trecho do Evangelho coloca em evidência dois modos de rezar, um falso – aquele do fariseu – e outro autêntico – aquele do publicano. O fariseu encarna uma atitude que não exprime a gratidão a Deus pelos seus benefícios e a sua misericórdia, mas sim satisfação de si. O fariseu se sente justo, se sente no lugar, se apoia nisso e julga os outros do alto de seu pedestal. O publicano, ao contrário, não multiplica as palavras. A sua oração é humilde, sóbria, permeada pela consciência de sua própria indignidade, das próprias misérias: este é um homem que realmente se reconhece necessitado do perdão de Deus, da misericórdia de Deus. A oração do publicano é a oração do pobre, é a oração que agrada a Deus, que, como diz a primeira Leitura “chega às nuvens” (Eclo 35, 20), enquanto a do fariseu é sobrecarregada pelo peso da vaidade.
À luz desta Palavra, gostaria de perguntar a vocês, queridas famílias: rezam alguma vez em família? Alguns sim, eu sei. Mas tantos me dizem: como se faz? Mas, se faz como o publicano, é claro: humildemente, diante de Deus. Cada um com humildade se deixa olhar pelo Senhor e pede a sua bondade, que venha a nós. Mas, em família, como se faz? Porque parece que a oração seja algo pessoal e então não há nunca um momento adequado, tranquilo, em família… Sim, é verdade, mas é também questão de humildade, de reconhecer que temos necessidade de Deus, como o publicano! E todas as famílias têm necessidade de Deus: todos, todos! Necessidade da sua ajuda, da sua força, da sua benção, da sua misericórdia, do seu perdão. E é necessário simplicidade: para rezar em família, é necessário simplicidade! Rezar junto o “Pai Nosso”, em torno da mesa, não é algo extraordinário: é algo fácil. E rezar junto o Rosário, em família, é muito bonito, dá tanta força! E também rezar um pelo outro: o marido pela esposa, a esposa pelo marido, ambos pelos filhos, os filhos pelos pais, pelos avós… Rezar um pelo outro. Isto é rezar em família, e isto torna forte a família: a oração.

Vaticano: Papa desafia família a viver na alegria e na harmonia

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