sábado, 18 de maio de 2013

A gift to Fr. José

A gift to Fr. José


Pedro era um pecador, mas não um corrupto
Francisco na sua homilia na Santa Marta convida a deixar 
que Jesus nos encontre
CIDADE DO VATICANO, 17 de Maio de 2013 
 Ser pecadores não é o problema central, o problema é não deixar-se transformar no amor do encontro com Cristo, porque Pedro era um pecador, mas não um corrupto, pecadores sim, todos: corruptos, não. Este foi o tema central da homilia da missa diária do Papa Francisco na capela da sua residência em Santa Marta, transmitida pela Rádio Vaticano.
No evangelho do dia Jesus ressuscitado pergunta três vezes a Pedro se o ama. “É um diálogo de amor entre o Senhor e seu discípulo” indica Francisco e lembra dos encontros que Pedro teve com Jesus. Começando com o ‘Segue-me” ao ‘Te chamarás Cefas, Pedra’, ao ‘Afásta-te de mim, Satanás”, “humilhação que Pedro aceita”, diz o Papa.

sexta-feira, 17 de maio de 2013


Se incomodamos, sigamos adiante!
Homilia do Papa Francisco na casa Santa Marta
CIDADE DO VATICANO, 16 de Maio de 2013
A Igreja tem tanta necessidade do fervor apostólico que nos impulsiona para a frente no anúncio de Jesus". É o que destacou, esta manhã, o Papa Francisco na Missa na casa Santa Marta. O Papa também pediu para tomar cuidado com o ser "cristãos superficiais” sem a coragem também de "incomodar as coisas muito tranquilas". Na missa, concelebrada com o cardeal Peter Turkson e mons. Mario Toso, presidente e secretário de "Justiça e Paz", participou um
grupo de funcionários do departamento e da Rádio Vaticana.
Toda a vida de Paulo foi "uma batalha campal", uma "vida com muitas provas". Papa Franscisco centrou a sua homilia no Apóstolo dos gentios, que, segundo ele, passa a sua vida de “perseguição em perseguição”, mas não se desanima. O destino de Paulo, destacou, “é um destino com muitas cruzes, mas segue adiante; ele olha para o Senhor e segue adiante”:
“Paulo incomoda: é um homem que com a sua pregação, com o seu trabalho, com a sua atitude incomoda, porque precisamente anuncia Jesus Cristo e o anúncio de Jesus Cristo às nossas comodidades, tantas vezes às nossas estruturas cômodas – também cristãs, não? - Incomoda. O Senhor sempre quer que sigamos adiante, mais adiante, mais adiante... Que nós não nos refugiemos numa vida tranquila ou nas estruturas caducas, coisas assim, não? O Senhor ... E Paulo, anunciando o Senhor, incomodava. Mas ele seguia adiante, porque ele tinha em si aquela atitude tão cristã que é o zelo apostólico. Tinha precisamente o fervor apostólico. Não era um homem de convenção. Não! A verdade: avante! O anúncio de Jesus Cristo: avante!”

quinta-feira, 16 de maio de 2013


Sacerdotes "pastores" a serviço do rebanho e não "lobos vorazes" tentados pelo dinheiro e pela vaidade
Missa na Casa Santa Marta: papa pede orações por bispos e padres, para não sucumbirem às tentações e para orientarem o ministério ao crescimento do povo de Deus


Quando um bispo ou um padre trilha a estrada da vaidade, ele entra no espírito de carreirismo e faz muito mal à Igreja. Faz um papel ridículo, se gaba, gosta de aparecer, todo-poderoso... E as pessoas não gostam disso".
Muito mais que mero catecismo! As palavras do papa Francisco, hoje, na missa celebrada na Casa Santa Marta, são duras e abordam uma das doenças que mais maltratam quem está dentro ou fora da Igreja: o padre que não se comporta como padre, mas cede à tentação do dinheiro e da vaidade. A homilia do pontífice, pronunciada diante de alguns funcionários da Rádio Vaticano, não pretende ser uma condenação, mas um apelo amoroso para que padres e bispos fiquem sempre a serviço do povo de Deus e para que o povo ore por eles.
As palavras do papa se inspiram na passagem que ele descreve como uma das "mais belas páginas do Novo Testamento", a dos Atos dos Apóstolos em que Paulo exorta os "anciãos" da Igreja de Éfeso a serem pastores atentos aos "lobos vorazes", e, assim, a velar por si mesmos e pelo rebanho (At 20,28-30).
É uma recomendação, essa do apóstolo, "cheia de ternura, de amor pastoral", destacou o papa, enfatizando "uma relação de proteção e de amor entre Deus e o pastor e entre o pastor e o povo". Porque, explicou o pontífice, "no fim das contas, um bispo não é bispo para si mesmo, mas para o povo. E um padre não é padre para si mesmo, é padre para o povo: para servi-lo, para fazê-lo crescer, para pastorear o povo, o seu rebanho, não é mesmo? Para defendê-lo dos lobos".
"É bonito pensar assim", exclamou o papa Francisco, acrescentando: "Nessa estrada, quando o bispo age assim, temos um belo relacionamento com o povo [...] E quando o sacerdote tem esse belo relacionamento com o povo, temos o amor entre eles, um amor verdadeiro, e a Igreja se torna unida".

Cristãos guiados pela verdade
inspirada pelo Espírito Santo

Catequese do Papa Francisco durante a Audiência Geral 


Publicamos a seguir a catequese realizada esta manhã pelo Papa Francisco durante a tradicional Audiência Geral da quarta-feira, tida na Praça de São Pedro.
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
hoje gostaria de refletir sobre a ação que o Espírito Santo realiza ao guiar a Igreja e cada um de nós à Verdade. Jesus mesmo diz aos discípulos: o Espírito Santo "vos guiará à toda a verdade" (Jo 16, 13), sendo ele mesmo "o Espírito de Verdade" (cf. Jo 14, 17; 15, 26; 16, 13).
Vivemos em uma época na qual as pessoas são céticas em relação à verdade. Bento XVI tem falado muitas vezes do relativismo, da tendência a acreditar que não há nada de definitivo e pensar que a verdade seja dada pelo consentimento ou por aquilo que nós queremos. Surge a pergunta: existe realmente “a” verdade? O que é “a” verdade? Podemos conhecê-la? Podemos encontrá-la? Aqui me vem à mente a pergunta do Procurador romano Pôncio Pilatos quando Jesus lhe revelou o sentido profundo da sua missão: "O que é a verdade?" (Jo 18,37.38). Pilatos não consegue compreender que “a” Verdade está diante dele, não consegue ver em Jesus o rosto da verdade, que é o rosto de Deus. No entanto, Jesus é justamente isso: a Verdade, que, na plenitude dos tempos, “se fez carne” (Jo 1,1.14), veio em meio a nós para que a conhecêssemos. A verdade não é compreendida como uma coisa, a verdade é encontrada. Não é uma possessão, é um encontro com uma Pessoa.

quarta-feira, 15 de maio de 2013



O Espírito Santo é quem nos faz fugir da
 vaidade de achar-nos o prêmio 
Nobel da Santidade
Homilia do Papa Francisco na Casa Santa Marta


Na primeira leitura da liturgia de hoje São Paulo se surpreendeu ao encontrar alguns discípulos que lhe disseram “Nem sequer ouvimos dizer que existe o Espírito Santo!”. Assim como no passado, ainda hoje “O Espírito Santo é um pouco o desconhecido da nossa fé”, disse o Papa Francisco na homilia dessa manhã na Casa Santa Marta.
“Hoje, muitos cristãos não sabem quem seja o Espírito Santo, como seja o Espírito Santo. E algumas vezes se escuta: ‘Mas, eu me viro bem com o Pai e com o Filho, porque rezo o Pai Nosso ao Pai, comungo com o Filho, mas com o Espírito Santo não sei o que fazer...’ Ou te dizem: ‘O Espírito Santo é a pomba, que nos dá sete presentes’. Mas assim o Espírito Santo está sempre no final e não encontra um bom lugar na nossa vida”.
Porém, o Espírito Santo é um “Deus ativo em nós” que “acorda a nossa memória”. O mesmo Jesus nos disse que o Espírito que o Pai enviará em seu nome “vos lembrará tudo o que vos disse”. Para um cristão, ficar sem memória é algo perigoso:
“Um cristão sem memória não é um verdadeiro cristão: é um homem ou uma mulher que, prisioneiros da conjuntura, do momento; não tem história. Tem, mas não sabe como interpretar a história. E é justo o Espírito que lhe ensina como ter a história. A memória da história ... quando na Carta aos Hebreus o autor diz: ‘Lembrai-vos dos vossos Pais na Fé’ – memória; ‘lembrai-vos dos primeiros dias da vossa fé, como fostes corajosos’ – memória. Memória da nossa vida, da nossa história, memória do momento que tivemos a graça de encontrar-nos com Jesus; memória de tudo o que Jesus nos disse”.

O egoísta é um traidor

Advertência do Papa Francisco durante a missa 
celebrada na capela da Casa Santa Marta
Precisamos de um “coração aberto”, que seja capaz de amar, afirmou o Papa Francisco na homilia da missa celebrada esta manhã na capela da Casa Santa Marta. O Papa advertiu para a atitude de egoísmo que, como aconteceu com Judas, leva ao isolamento da própria consciência e, por fim, à traição.
A Missa foi concelebrada pelo Arcebispo de Medellín, Dom Ricardo Antonio Tobón Restrepo, participaram funcionários dos Museus Vaticanos e alunos do Pontifício Colégio Português, conforme informa a Rádio Vaticana.
Se verdadeiramente queremos seguir Jesus, devemos “viver a vida como dom “que se “dá aos outros” e “não um dom para se conservar” - destacou. Papa Francisco prosseguiu falando do contraste entre o caminho do amor e o do egoísmo.

terça-feira, 14 de maio de 2013


Vem aí a Solenidade do Espírito

Atos 19, 1-8; João 16, 29-33


Estamos na semana que nos prepara para a solenidade do Espírito Santo. Na leitura dos Atos proposta em nossa liturgia de hoje diz-se que Paulo encontrou  discípulos que, ao abraçarem a fé, não haviam recebido o Espírito  Santo, mas simplesmente recebido o  batismo de João. Depois de batizá-los no Senhor Jesus, “Paulo impôs-lhes as mãos e sobre eles desceu o Espírito Santo. Começaram, então, a falar em línguas e a profetizar”.
Aprofundando o tema:
● “O Senhor prometera de nos enviar o Paráclito (o Espírito Santo) que nos “adapta a  Deus”. Com efeito, a farinha seca não pode sem água se transformar em massa, da mesma forma, nós, não podemos nos tornar um com Jesus sem que a água venha do céu. A terra árida, se não recebe a água, não frutifica; da mesma forma que somos lenha seca não teríamos produzido o fruto da vida sem a água livremente concedida do alto.  Nossos corpos receberam pela água do batismo a unidade que nos torna incorruptíveis:  nossas almas receberam o Espírito Santo” (Sto. Irineu de Lião).

A oração «faz-nos sair de nós», lembra papa

«A oração dirigida ao Pai em nome de Jesus faz-nos sair de nós mesmos», afirmou o papa este sábado no Vaticano, a propósito de uma passagem bíblica sobre a Ascensão, solenidade que os católicos em Portugal assinalam este domingo.
Na missa a que presidiu na Casa de Santa Marta, onde reside, Francisco sublinhou que Cristo entra no «santuário do céu», deixando aberta a «porta», que é ele mesmo, a todos os que se lhe dirigem, refere a página da Rádio Vaticano.
Cristo, salientou o papa, apela continuamente à «confiança na sua paixão», na «sua vitória sobre a morte» e nas «suas chagas», resultantes da crucificação.
«Onde está a escola onde se ensina a conhecer as chagas de Jesus, estas chagas sacerdotais, de intercessão? Trata-se de um outro êxodo de nós mesmos para as chagas dos nossos irmãos: dos nossos irmãos e das nossas irmãs carenciadas», apontou.
Rezar implica atenção aos outros, vincou: «Se não conseguimos sair de nós mesmos em direção ao irmão que precisa, o doente, o ignorante, o pobre, o maltratado, se não conseguimos sair de nós mesmos para essas chagas, nunca aprenderemos a liberdade que nos leva à outra saída de nós mesmos, para as chagas de Jesus».
«São duas as saídas de nós mesmos: uma para as chagas de Jesus, a outra para as chagas dos nossos irmãos e irmãs. E esta é a estrada que Jesus quer na nossa oração», disse Francisco.

Papa Francisco diz que «vida cómoda» faz mal e sublinha que pobres são «a carne de Cristo»

O papa afirmou este domingo que a «vida cómoda» e o «aburguesamento do coração» são nocivos porque paralisam o agir humano e frisou que «os pobres, os abandonados, os doentes» e «os marginalizados» constituem «a carne de Cristo».
As palavras de Francisco foram proferidas no Vaticano, na missa em que canonizou (declarou santos) as religiosas Laura Montoya e María Guadalupe García Zavala, bem como os mártires de Otranto, atual Itália, 813 fiéis decapitados por Otomanos em 1480 ao recusaram renegar a fé.
A homilia salientou o exemplo da mexicana Guadalupe Zavala: «[Amar] não é fechar-se em si mesmo, nos próprios problemas, nas próprias ideias, nos próprios interesses, nesse pequeno mundo que nos faz tanto mal, mas sair e ir ao encontro de quem tem necessidade de atenção, compreensão e ajuda, levando-lhe a calorosa proximidade do amor de Deus através de gestos concretos de delicadeza e afeto sincero».
Por seu lado a colombiana Laura Montoya ensina os fiéis a «vencer a indiferença e o individualismo que corrói as comunidades cristãs», assim como a «acolher todos sem preconceitos» e «discriminação», propondo-lhes o que é «mais valioso» no cristianismo, que não são as «obras» ou «organizações», mas «Cristo e o seu Evangelho».
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A confiança em Deus, frisou o papa, amplia os horizontes da existência: «[É a fé] que nos faz ver mais além dos limites no nosso olhar humano, mais além da vida terrena».
«Conservemos a fé que recebemos e que é o nosso verdadeiro tesouro, renovemos a nossa fidelidade ao Senhor, inclusivamente no meio dos obstáculos e incompreensões. Deus não deixará que nos faltem as forças nem a serenidade», afirmou.
Ao evocar os mártires de Otranto, o papa rezou pelos cristãos sujeitos à violência, «agora e em tantas partes do mundo», dando-lhes forças para serem «fiéis» e «responder ao mal com o bem».
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Quase a terminar a intervenção, Francisco pediu aos católicos para se questionarem sobre a sua fidelidade a Cristo: «Sou capaz de fazer ver a minha fé com respeito, mas também com valentia? Estou atento aos outros? Dou-me conta de quem está necessitado? Vejo os outros como irmãos e irmãs que devo amar?».


Papa aconselha humildade a quem se julga merecedor do «Prémio Nobel da Santidade» e diz que um cristão sem «memória» é «idólatra»

O papa destacou esta segunda-feira o papel da «memória» na vida cristã, ligando a recordação de Deus ao Espírito Santo, que a Igreja Católica evoca de maneira particular no próximo domingo de Pentecostes.
«A memória também faz bem quando alguém sente um pouco de vaidade e se julga um pouco um Prémio Nobel da Santidade: “[Diz Deus]: Recorda-te de onde te fui buscar: dos confins do rebanho”», disse Francisco na missa a que presidiu no Vaticano, refere o portal de notícias da Santa Sé.
A consciência de Deus na vida do crente é essencial para ele se compreender quem é e de quem depende: «A memória é uma graça grande, e quando um cristão não tem memória – é duro, isto, mas é a verdade – não é cristão: é idólatra».

domingo, 12 de maio de 2013



"A Ascensão não indica a ausência de Jesus, mas nos diz que Ele está vivo no meio de nós"

Catequese do Papa Francisco na Audiência Geral de hoje

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
No Credo, nós encontramos a afirmação de que Jesus "subiu ao céu, sentou à direita do Pai". A vida terrena de Jesus culmina com o evento da Ascensão, que é quando Ele passa deste mundo ao Pai, e é levantado à sua direita. Qual é o significado deste evento? Quais são as consequências para a nossa vida? O que significa contemplar Jesus sentado à direita do Pai? Deixemo-nos guiar pelo evangelista Lucas.
Começamos a partir do momento em que Jesus decide embarcar na sua última peregrinação a Jerusalém. São Lucas nota: “Quando se completaram os dias de sua assunção, ele tomou resolutamente o caminho de Jerusalém” (Lc 9, 51). Enquanto "sobe" para a Cidade Santa, onde cumprir-se-á o seu “êxito” desta vida, Jesus já vê a meta, o Céu, mas sabe bem que o caminho que o leva à glória do Pai passa por meio da Cruz, por meio da obediência ao plano divino de amor pela humanidade. O Catecismo da Igreja Católica afirma que “a elevação na Cruz significa e anuncia a elevação da Ascensão ao céu” (n. 662). Também nós temos que ter claro, na nossa vida cristã, que entrar na glória de Deus exige a fidelidade cotidiana à sua vontade, também quando requer sacrifício, requer às vezes mudar os nossos programas. A Ascensão de Jesus concretamente acontece no Monte das Oliveiras, perto do lugar onde tinha se retirado em oração antes da paixão para permanecer em profunda união com o Pai: mais uma vez vemos que a oração nos dá a graça de viver fieis ao projeto de Deus.

Do céu desceu, para o céu subiu.

Solenidade da Ascensão do Senhor
Atos 1, 1-11; Efésios 1, 17-23; Lucas 24, 46-53


A nossa reflexão de hoje  é - nos oferecida por  Santo Agostinho:
Hoje nosso Senhor Jesus Cristo subiu ao céu;  suba também com ele o nosso coração.
Ouçamos as palavras do Apóstolo:  “Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está  Cristo sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres” (Cl 3, 1-2).  E assim como ele subiu sem se afastar de nós, também  nós subimos com ele, embora ainda não tenha se realizado em nosso corpo o que nos está prometido.