A felicidade é uma "virtude peregrina" que caminha com Jesus
Papa Francisco:
a felicidade é uma graça para pedir a Deus, maior e mais profunda do que a
simples alegria
A felicidade cristã, já presente em vários discursos dos dois primeiros
meses do pontificado do papa Francisco, foi o foco da homilia do Santo Padre nesta
manhã.
A costumeira missa na Casa Santa Marta foi concelebrada com o arcebispo de
Mérida, Baltazar Enrique Cardozo, e com o abade primaz dos beneditinos, Notker
Wolf. Também participaram da missa alguns funcionários da Rádio Vaticano,
acompanhados pelo diretor, pe. Federico Lombardi.
"O cristão é um homem feliz, é uma mulher feliz", disse Francisco
na homilia. A felicidade é diferente e maior que a alegria: "Alegrar-nos é
bom", observou o papa, mas a felicidade é "algo mais profundo",
que "não vem de razões conjunturais" nem "do momento" .
A alegria, quando se torna um estereótipo que queremos viver o tempo todo,
"se transforma em superficialidade" ou até em “leviandade”,
eliminando a "sabedoria cristã" e nos tornando um pouco
"bobos" e "ingênuos" .
Já a felicidade é um "dom de Deus" que "nos enche por
dentro". É uma "unção do Espírito" e reside na "certeza de
que Jesus está conosco e com o Pai".
Mas como manter sempre essa felicidade, como “armazená-la”? Esta questão já
nasce falha, argumentou o papa, porque “se quisermos manter a felicidade só
para nós, ela vai acabar adoecendo e o nosso coração ficará murcho”. Não
transmitiremos mais a felicidade, mas apenas uma "melancolia que não é
saudável".