sábado, 11 de maio de 2013


A felicidade é uma "virtude peregrina" que caminha com Jesus
Papa Francisco: a felicidade é uma graça para pedir a Deus, maior e mais profunda do que a simples alegria
A felicidade cristã, já presente em vários discursos dos dois primeiros meses do pontificado do papa Francisco, foi o foco da homilia do Santo Padre nesta manhã.
A costumeira missa na Casa Santa Marta foi concelebrada com o arcebispo de Mérida, Baltazar Enrique Cardozo, e com o abade primaz dos beneditinos, Notker Wolf. Também participaram da missa alguns funcionários da Rádio Vaticano, acompanhados pelo diretor, pe. Federico Lombardi.
"O cristão é um homem feliz, é uma mulher feliz", disse Francisco na homilia. A felicidade é diferente e maior que a alegria: "Alegrar-nos é bom", observou o papa, mas a felicidade é "algo mais profundo", que "não vem de razões conjunturais" nem "do momento" .
A alegria, quando se torna um estereótipo que queremos viver o tempo todo, "se transforma em superficialidade" ou até em “leviandade”, eliminando a "sabedoria cristã" e nos tornando um pouco "bobos" e "ingênuos" .
Já a felicidade é um "dom de Deus" que "nos enche por dentro". É uma "unção do Espírito" e reside na "certeza de que Jesus está conosco e com o Pai".
Mas como manter sempre essa felicidade, como “armazená-la”? Esta questão já nasce falha, argumentou o papa, porque “se quisermos manter a felicidade só para nós, ela vai acabar adoecendo e o nosso coração ficará murcho”. Não transmitiremos mais a felicidade, mas apenas uma "melancolia que não é saudável".

sexta-feira, 10 de maio de 2013


Da esterilidade vocacional à castidade frutífera
Exortação do papa Francisco às superioras gerais evoca as palavras de São Jerônimo em sua carta sobre a virgindade
Em seu discurso às religiosas participantes da Assembleia Plenária da União Internacional das Superioras Gerais, o papa Francisco as instou a viver uma "castidade frutífera", que gere filhos espirituais na Igreja. “A religiosa consagrada é mãe, deve ser mãe e não ‘tia’! Desculpem-me por falar assim, mas é importante essa maternidade da vida consagrada, essa fecundidade! Esta alegria da fecundidade espiritual deve animar a sua existência. Sejam mães, sejam a figura de Maria Mãe e da Igreja Mãe. Não podemos entender Maria sem a sua maternidade, nem a Igreja sem a sua maternidade. E vocês são ícones de Maria e da Igreja”.
A exortação do papa lembra o que São Jerônimo identificou, no ano de 383, em sua XXII Carta sobre a Virgindade, como causa da "esterilidade vocacional", indicando também as maneiras de superá-la:
"Se entre as tuas companheiras há algumas de condição servil, não as menosprezes, não te portes como patroa. Não pertenceis todas ao mesmo Esposo? Não cantais em coro os salmos a Cristo? Não comeis juntas do seu Corpo? Por que, então, vos sentais em mesas diferentes? Em vez disto, suscitai novas vocações! É uma honra para as virgens atraírem outras companheiras para a sua vida".

quarta-feira, 8 de maio de 2013



Papa reitera às religiosas: "O verdadeiro poder é o serviço"



Delegações de religiosas de todo o mundo foram recebidas pelo Papa na manhã desta quarta-feira na Sala Paulo VI, no Vaticano. As 800 irmãs, delegadas de 1900 diferentes Congregações, se reuniram nos últimos dias na Assembleia Plenária da União Internacional das Superioras Gerais, em Roma. Com elas, estava também o Cardeal João Braz de Aviz, Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedade de Vida Apostólica, a quem Papa Francisco agradeceu logo no início de seu discurso. Dom João esteve domingo, 05, na Assembléia, participando de um debate e celebrando uma missa para as irmãs.

“Centralidade de Cristo, autoridade como serviço de amor, e ouvir a Mãe-Igreja”. Estas foram as três principais indicações sugeridas pelo Papa às religiosas, ao se dirigir a elas. 

“O que seria da Igreja sem vocês? Faltaria o carinho, a maternidade, a ternura, a intuição das mães. Queridas irmãs, disse Francisco, fiquem certas de que eu as acompanho de perto, rezo por vocês, mas por favor, rezem também por mim!”, pediu. 

Em sua fala, o Papa também lembrou que “adorar e servir são dois comportamentos que não se separam, mas caminham sempre juntos; e disse que obediência é ouvir a vontade de Deus e aceitar que a obediência passe através das mediações humanas”. 

“Lembrem-se que a relação autoridade/obediência se insere no contexto maior do mistério da Igreja e constitui uma atuação especial de sua função mediadora”. 



Outra questão recomendada para a reflexão das religiosas foi a pobreza, que – disse – não è a pobreza teórica:

“A pobreza teórica não nos interessa, a pobreza se aprende tocando a carne de Cristo pobre”; e insistiu na necessidade de que as religiosas sejam espiritualmente fecundas e neste sentido, ‘sejam mães’ e não ‘solteironas’. 

Na íntegra o discurso do Papa Francisco na Audiência Geral desta semana


O Santo Padre Francisco, na manhã desta quarta-feira, com a Praça de São Pedro repleta de fiéis e peregrinos de todo o mundo, deu a sua catequese semanal. Retomando o tema das catequeses sobre o Ano da fé, hoje o Papa falou sobre o Espírito Santo. Publicamos a seguir o texto integral das suas palavras: 

Queridos irmãos e irmãs, bom dia! 

O tempo Pascal que estamos vivendo com alegria, guiados pela liturgia da Igreja, é por excelência o tempo do Espírito Santo dado "sem medida" (cf. Jo 3:34) por Jesus crucificado e ressuscitado. Este tempo de graça acaba com a festa de Pentecostes, quando a Igreja revive a efusão do Espírito Santo sobre Maria e os Apóstolos reunidos em oração no Cenáculo. 

Mas quem é o Espírito Santo? No Credo professamos com fé: "Creio no Espírito Santo, que é Senhor e dá a vida". A primeira verdade a qual aderimos no Credo é que o Espírito Santo é Kyrios, Senhor. Isto significa que Ele é verdadeiramente Deus, como o é o Pai e o Filho, objeto, de nossa parte, do mesmo ato de adoração e de glorificação que dirigimos ao Pai e ao Filho. O Espírito Santo, de fato, é a terceira Pessoa da Santíssima Trindade; é o grande dom do Cristo Ressuscitado que abre a nossa mente e o nosso coração à fé em Jesus como o Filho enviado do Pai e que nos guia à amizade, à comunhão com Deus.