quinta-feira, 15 de agosto de 2013

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA ASSUNTA AO CÉU
(Composta pelo papa Pio XII, e rezada por ele com os fiéis, no dia 1 de novembro de 1950, depois de ter proclamado o dogma da Assunção de Nossa Senhora ao Céu.)


«Oh Virgem Imaculada,  Mãe de Deus e  Mãe dos  Homens.  

Cremos com todo o fervor da nossa fé na Tua triunfante Assunção em alma e corpo ao céu, onde és aclamada Rainha por todo o coro dos Anjos e por todos os Santos, e nós a eles nos unimos para louvar e bendizer o Senhor que Te exaltou sobre todas as demais criaturas, e para Te oferecer a veemência da nossa devoção e do nosso amor.

Sabemos que o Teu olhar, que maternalmente acaricia a humanidade humilde e sofredora  de Cristo na terra, se sacia no céu na contemplação da humanidade gloriosa da Sabedoria incriada, e que o gozo da tua alma, ao contemplar face a face a adorável Trindade, faz com que o teu coração palpite com beatífica ternura; e nós, pobres pecadores, nós, a quem o corpo se sobrepõe aos anseios da alma,  nós Te imploramos  que purifiques os nossos sentidos, de maneira a que aprendamos, cá em baixo, a deleitar-nos em Deus, só em Deus, no encanto das criaturas.
Estamos certos de que os Teus olhos misericordiosos se fixarão em nossas misérias e em nossas  angústias, em nossas  lutas  e em nossas fraquezas;  que os Teus lábios hão-de sorrir com as nossas alegrias e as nossas vitórias;  que Tu ouvirás a voz de Jesus dizer-Te de cada um de nós, como Ele o fez do seu   discípulo amado: Eis o teu filho; e nós, que Te invocamos nossa Mãe, nós Te acolhemos como o fez João, como guia, força e  consolação da vida nossa mortal.

Nós temos a vivificante certeza de que os teus olhos, que choraram na terra, banhada pelo sangue de Jesus, se hão-de voltar uma vez mais para este mundo, presa de guerras, de perseguições, da opressão dos justos e dos fracos; e nós, entre as trevas deste vale de lágrimas, esperamos da Tua luz celestial e da Tua doce piedade, a consolação para as aflições dos nossos corações, para as tribulações da Igreja e do nosso país.

Nós cremos finalmente que, na glória onde Tu reinas, vestida de sol e coroada de estrelas, Tu és, depois de Jesus, o gozo e a alegria de todos os  Anjos e todos os Santos; e nós que, nesta terra, passamos como peregrinos, animados pela  fé na futura ressurreição, olhamos para Ti, nossa vida, nossa doçura, nossa esperança; atrai-nos para Ti, com a suavidade da tua voz, para nos mostrares um dia,  depois do nosso exílio, a Jesus, bendito fruto de Teu ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria.»



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