terça-feira, 14 de maio de 2013


Vem aí a Solenidade do Espírito

Atos 19, 1-8; João 16, 29-33


Estamos na semana que nos prepara para a solenidade do Espírito Santo. Na leitura dos Atos proposta em nossa liturgia de hoje diz-se que Paulo encontrou  discípulos que, ao abraçarem a fé, não haviam recebido o Espírito  Santo, mas simplesmente recebido o  batismo de João. Depois de batizá-los no Senhor Jesus, “Paulo impôs-lhes as mãos e sobre eles desceu o Espírito Santo. Começaram, então, a falar em línguas e a profetizar”.
Aprofundando o tema:
● “O Senhor prometera de nos enviar o Paráclito (o Espírito Santo) que nos “adapta a  Deus”. Com efeito, a farinha seca não pode sem água se transformar em massa, da mesma forma, nós, não podemos nos tornar um com Jesus sem que a água venha do céu. A terra árida, se não recebe a água, não frutifica; da mesma forma que somos lenha seca não teríamos produzido o fruto da vida sem a água livremente concedida do alto.  Nossos corpos receberam pela água do batismo a unidade que nos torna incorruptíveis:  nossas almas receberam o Espírito Santo” (Sto. Irineu de Lião).

● “Não conhecemos o  Espírito  da maneira como conhecemos o Pai ou Filho. O Espírito  não tem rosto, nem mesmo um nome susceptível de evocar uma  figura humana. Não podemos estar face a face com o Espírito, contemplá-lo e seguir seus gestos. Jesus diz que nós o conhecemos porque ele mora em nós. Conhecer o Espírito  é, antes de tudo, experimentar sua ação, deixar-se penetrar por sua  influência, tornar-se dócil a seus impulsos; é desejar tê-lo cada vez mais conscientemente como fonte de nossa vida” (Jacques Gillet).
● Ser livre no Espírito Santo, é descobrir-se amado por Deus, amado com um amor louco e, desta forma, poder se desarmar, se despojar, libertar-se do ressentimento e do medo e ser capaz de acolher como Deus nos acolhe, de discernir e de servir em todo homem, como em toda  situação histórica, as chances da vida. Haveremos de ter consciência de que a liberdade última, aquela que impede a história de se fechar sobre si mesma e introduz no seu tecido  um rasgo de eternidade é a do mártir do qual existem muitas formas não muito espetaculares sem deixarem de ser essenciais. Quem decide morrer para testemunhar que somente o Cristo é Senhor e não César, quer dizer o homem individual ou coletivo, aquele que aceita este ultimo despojamento para projetar luz na cruz, este é livre no Espírito e prepara esta explosão de Espírito e de liberdade que será a volta  em glória de Cristo, nosso Libertador  (Olivier  Clément).

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