terça-feira, 14 de maio de 2013


Papa aconselha humildade a quem se julga merecedor do «Prémio Nobel da Santidade» e diz que um cristão sem «memória» é «idólatra»

O papa destacou esta segunda-feira o papel da «memória» na vida cristã, ligando a recordação de Deus ao Espírito Santo, que a Igreja Católica evoca de maneira particular no próximo domingo de Pentecostes.
«A memória também faz bem quando alguém sente um pouco de vaidade e se julga um pouco um Prémio Nobel da Santidade: “[Diz Deus]: Recorda-te de onde te fui buscar: dos confins do rebanho”», disse Francisco na missa a que presidiu no Vaticano, refere o portal de notícias da Santa Sé.
A consciência de Deus na vida do crente é essencial para ele se compreender quem é e de quem depende: «A memória é uma graça grande, e quando um cristão não tem memória – é duro, isto, mas é a verdade – não é cristão: é idólatra».

Quem não tem presente a ação divina na sua biografia, prosseguiu Francisco, julga estar sozinho: «O nosso Deus faz estrada connosco, mistura-se connosco, caminha connosco. Salva-nos. Faz história connosco».
Um cristão sem memória «é prisioneiro da conjuntura, do momento», vincou o papa, que convidou os participantes a pedirem a «graça de «não esquecerem» os bens concedidos por Deus nem a sua misericórdia.
«Muitos cristãos não sabem quem é o Espírito Santo», apontou Francisco, salientando que a terceira pessoa da Santíssima Trindade é um «Deus ativo» que «faz recordar» as palavras de Cristo e a sua presença contínua na história pessoal.
O Pentecostes, que evoca a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos e o impulso missionário da Igreja, de acordo com a narrativa do livro bíblico dos Atos dos Apóstolos, celebra-se cinquenta dias após a Páscoa e conclui o chamado "Tempo Pascal".

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